segunda-feira, 25 de julho de 2011

Projeto Eliézer - Levando consolo, conforto e esperança aos que sofrem

“Sinto que minha doença é grave e percebo que ela pode me levar ao fim, mas eu não gostaria de morrer agora”.

“O que vai ser comigo depois da morte? Será que, o que acredito é verdadeiro? Como posso ter certeza que serei salvo?”

São frases que ouvimos seguidamente quando estamos junto aos nossos pacientes.

Nos cremos claramente e também queremos transmitir aos nosso queridos que pelo evangelho, o Espírito Santo nos chama para dentro do reino de Cristo, não somente para viver poucos dias aqui na terra, mas para passar, desse mundo de sofrimento e dor, desse vale de lágrimas, para viver o reino da alegria eterna.

Vivemos o século da impessoalidade, sabemos que a maior carência do ser humano é o amor e nós os cristãos, somos os detentores do verdadeiro amor como o sinal, a marca do nosso viver, entretanto, temos muita dificuldade em concretizá-lo e expressá-lo.

Assim como Jesus também demonstrava seu amor através das palavras: “Como o Pai me amou, também eu vos amei”. (Jo 15.9). O apóstolo Paulo faz isto através das cartas, nelas manifesta o seu amor por várias pessoas: Dos filipenses ele diz: “Vos trago no coração” e mais: “...minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós...”(Fp 1.7-8). Paulo enfim, diz que devemos ter carinho uns pelos outros e além de ouvir demonstrações verbais de amor, precisamos também demonstrar esse amor aos outros.

E é esse amor que queremos, ao menos um pouco, demonstrar e levar a esses pacientes e familiares, que muitas vezes estão completamente sem esperança e sem receber amor por parte de ser humano algum e muitas vezes completamente abandonados pelos familiares e longe de qualquer atitude de amor. Pacientes que muitas vezes encontram na equipe de enfermagem, pessoas que lhe tratam bem, no assistente espiritual aquele que lhe escuta e dá atenção, no médico a pessoa que pode lhe dar alguma esperança de sobrevida. São pessoas, que talvez nunca ouviram a frase “Eu te amo”. Essa demonstração verbal de amor que quebra barreiras, que restaura relacionamentos, que cria um ambiente leve, que facilita a transparência, que cura as emoções, que exercita o perdão e que gera vida.

Essa demonstração de amor passa por atitudes mais concretas, isso significa as atitudes efetivas que tomamos em favor do outro. É preciso dar a vida. Jesus disse: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”. (Jo 15.13). Precisamos oferecer a vida isto é, nos dedicar para promoção do reino de Deus. Isto implica enfrentar situações desfavoráveis. Implica em se posicionar ao lado dos mais frágeis e sofrer junto, chorar junto.

Sem dúvida nenhuma este desafio talvez seja o maior possível mas sem absorção destas idéias desafiadoras, não será possível efetivar um aconselhamento, consolo ou cuidado para os enfermos, seus familiares que sofrem.


Rev. Elbert Davi Jagnow